Procure o seu conforto

Olá Doçuras!

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Hoje é aniversario do blog!! 2 anos!!  Eu queria fazer uma coisa especial, no inicio pensei em procurar algum texto bonito de algum escritor famoso, mas de que vale tudo isso hoje? Hoje sou eu que tenho que me expressar aqui, voltar ao inicio, relembrar as razãos as quais me levaram a cria-lo e digo que, naquela época não era nada fácil .. passei por momentos terrivelmente arrasadores e outros maravilhosamente felizes (é um blog totalmente bipolar, sempre falo isso, que o nome não poderia ser melhor, levando em conta como eu realmente sou) e ele fez parte de toda a tragetoria, talvez da maior transição da minha vida: A Catarina de 2010 e a de hoje, e a de sempre. Deixei um pouco da minha alma em cada postagem, mesmo que não fosse escrita por mim, sempre tem um porque de estar aqui, sempre tem um pedaço da minha alma. E os meus seguidores, lindos!! Fico tão feliz quando elogiam, comentam, participam... Então, Marillyn querida um pedaço do bolo também vai pra eles okay? Sim, vocês também fazem parte da historia desse blog, até mesmo os que não seguem mais sempre fazem uma visitinha. Enfim, sejam sempre muito bem vindos, todos. Que venham mais 100 anos de blog e que a vida nos trate bem... pensando bem, que a vida também nos trate mal, o que seria do arco-iris sem a chuva?!
Com amor: A garota do blog! 

A foto de hoje tinha que ser da  DIVA, né! (Programei isso a meses) !




domingo, 27 de janeiro de 2013

Fagner - Canteiros / Reveillon Fortaleza-Ce - 31/12/2011

Esse foi um dia especial... Eu estava lá, eu vi ele cantando pessoalmente, meu lindo Fagner, meu orgulho! Então esse video me tras boas lembranças...  E para acompanha-lo, nada melhor e mais adequado do que um presente que ganhei, de uma pessoa realmente muito querida para mim...


“Quando penso em você, fecho os olhos de saudade...”. A pessoa em quem penso agora – quando é que não penso nela? – talvez nem imagine o quanto sinto sua falta... Penso nela desde quando acordo até terminar o dia; ela invade os meus sonhos, os meus pensamentos a cada minuto... Na verdade, não se trata nem de invasão: ela vem sempre assumir o lugar que é dela, pois ela sabe: a parte mais importante e especial deste meu coração que bate forte, a parte mais nobre e bela lhe pertence: é sua casa! Conto os dias e as horas para vê-la novamente e tê-la em meus braços, pra dar-lhe abraços, beijinhos, carinhos sem ter fim, e dizer, olhando nos olhos dela: “Amor, te amo!”. Quero permanecer pra sempre ao lado dela, pra vivermos o nosso amor, fazermos juntos nossa história, fazermos felizes um ao outro. Quero beber da água pura, cristalina, que é estar na presença dela... Olhar uma foto da minha amada é como receber os raios do sol de uma bela manhã, uma manhã em que se acorda com aquela sensação de que será um dia maravilhoso e sem ocaso...! Imagine-se, então, o que representa pra este meu coração estar com ela, sentir-lhe a respiração, tocar-lhe os lábios com os meus lábios, ouvir-lhe a doce, suave e alegre voz, contemplar-lhe o sorriso meigo, trocar com ela conversas e declarações do que sentimos um pelo outro...  Amor, se estiveres lendo estas linhas, saiba que escrevo para ti, que é a mulher da minha vida! Quero que saibas ainda que minhas palavras não dizem nem mesmo um milésimo de tudo quanto sinto por ti e de tudo quanto tu representas na minha vida! O teu amor tão grande entrou na minha vida e me envolveu por completo o coração... Não sei bem qual o teu segredo, o teu mistério, mas sei que tu enches os meus dias de felicidade... Quero ser digno do teu amor e te fazer feliz, muito, muito feliz... Eu te amo, meu amor!' A.L


Los Hermanos - Eu vou tirar você desse lugar

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

‎(...) Que é da natureza da dor parar de doer, tenho aprendido.

... Não tenho escrito com mais freqüência porque não tenho tempo: passo a
manhã inteira na faculdade, a noite no curso de arte dramática, à tarde preciso
estudar (estamos em exames), escrever, filmar, fazer montes e montes de coisas.
Ando muito esgotado, durmo só umas cinco horas por noite (logo eu, que se
pudesse dormia umas 20), andei também ruim do coração, meu ritmo cardíaco
estava a mais de 200 pulsações por minuto, precisei fazer um tratamento, não
posso fazer esforço, nem tomar álcool, estou proibido de fumar mas não ligo.
Algumas brigas terríveis em casa: andei fazendo umas experiências com mescalina,
meus pais descobriram, foi aquele forró. Ando deprimido, agressivo, cansado —
perdi uns cinco quilos: pareço um fantasma, tenho insônia e pesadelos horrendos,
idéias negras durante a noite. Hildinha, se você soubesse como ando escuro, como
ando perdido, como me distanciei de mim e das coisas em que acreditava: tenho
participado de festas louquíssimas, na base da maconha, da nudez, jogo da verdade,
bacanais, surubas. Por favor, queria tanto que me compreendesses. Ando muito
sozinho, nessas festas se reúnem artistas plásticos, atores, atrizes, escritores —
todos jovens, perdidos, desesperados — é uma coisa terrível. Chega a ser
comovente a maneira errada como eles buscam a pureza, como eles tentam se
convencer que os bacanais são a forma mais absoluta de comunicação: finjo o
tempo todo, rio, sou alegre, dispersivo, com aquele brilho superficial e ridículo. E
em cada fim de noite me sinto um lixo. Há tempos estou vivendo uma estória-deamor-
impossível que rebenta a saúde: sei que não dá pé de jeito nenhum e não
consigo me libertar, esquecer — estou completamente fixado nessa pessoa, vivo
todas as horas do dia em função de encontrá-la, à noite. E insuportável. Sei que
estou me autodestruindo, mas isso já não me assusta: penso se não será melhor
afundar, afundar até acabar numa clínica
tempo todo, rio, sou alegre, dispersivo, com aquele brilho superficial e ridículo. E
em cada fim de noite me sinto um lixo. Há tempos estou vivendo uma estória-deamor-
impossível que rebenta a saúde: sei que não dá pé de jeito nenhum e não
consigo me libertar, esquecer — estou completamente fixado nessa pessoa, vivo
todas as horas do dia em função de encontrá-la, à noite. E insuportável. Sei que
estou me autodestruindo, mas isso já não me assusta: penso se não será melhor
afundar, afundar até acabar numa clínica. A juventude de Porto Alegre é uma coisa
terrível: 90% de viciados em tóxicos, todos fugindo de si, das máquinas, do fazer alguma-
coisa. Acho que quem está de fora não pode condenar, condenar
simplesmente é desprezível — é preciso compreender. Existe uma sede de amor
impressionante.
impressionante. Estou sendo muito honesto ao te contar essas coisas, poderia
facilmente escondê-las: sei que me arrisco a te chocar, te ferir, te agredir. Mas eu
nunca quis ser gostado por aquilo que não sou ou aparento ser.
facilmente escondê-las: sei que me arrisco a te chocar, te ferir, te agredir. Mas eu
nunca quis ser gostado por aquilo que não sou ou aparento ser. Não vejo saída,
Hildinha, sinto que cada vez mais tudo se fecha. Também não adianta pedir ajuda a
ninguém, ninguém pode dar. Talvez isso passe, não sei quando, talvez seja só uma
fase, das mais difíceis que atravessei, mas até passar estarei me desgastando, me
consumindo. Tenho chegado a extremos que não me julgava capaz. E como isso
dói
Hildinha, sinto que cada vez mais tudo se fecha. Também não adianta pedir ajuda a ninguém, ninguém pode dar. Talvez isso passe, não sei quando, talvez seja só uma fase, das mais difíceis que atravessei, mas até passar estarei me desgastando, me consumindo. Tenho chegado a extremos que não me julgava capaz. E como isso dói...  A inveja é um fato: certas pessoas têm me agredido muito, na faculdade, na rua, geralmente intelectuais no mau sentido, frustrados e medíocres. Tenho horror desses
rebucetes, rodinhas e frescuras literárias: procuro ficar na minha, sempre
rebucetes, rodinhas e frescuras literárias: procuro ficar na minha, sempre. Digo a
todos os repórteres que não me sinto um escritor: que sou só um ser humano
procurando um jeito de viver. E que talvez esse jeito seja escrever, sei lá. Meu livro
está quase pronto, deverá ser lançado em breve. Queria tanto que alguém me
amasse por alguma coisa que eu escrevi.  
amasse por alguma coisa que eu escrevi.  Não sei mais o que te escrever, estou muito confuso, muito distraído. Pressinto muito próximo o fim de alguma coisa que não sei especificar qual seja. Mas não se preocupe muito comigo, não vale a pena. Acho que sou bastante forte
para sair de todas as situações em que entrei, embora tenha sido suficientemente
fraco para entrar. Não faço planos, não sei o que vai acontecer amanhã.
para sair de todas as situações em que entrei, embora tenha sido suficientemente
fraco para entrar. Não faço planos, não sei o que vai acontecer amanhã. É só,
Hildinha. Um beijo enorme do seu,
Caio Fernando Abreu.
PS — Depois de reler — não é tão grave assim. Fui muito dramático. Faça
boas vibrações por mim. Por favor, compreenda tudo. E escreva logo.
Abraços no Dante.

Caio Fernando Abreu. Carta a Hilda Hilst

20 e poucos anos. FABIO JUNIOR

Você já sabe, me conhece muito bem e eu sou capaz de ir e vou muito mais além do que você imagina... Eu não desisto assim tão fácil meu amor das coisas que eu quero fazer e ainda não fiz, na vida tudo tem seu preço seu valor e eu só quero dessa vida é ser feliz; eu não abro mão... Nem por você, nem por ninguém eu me desfaço dos meus planos, quero saber bem mais que os meus 20 e poucos anos... Tem gente ainda me esperando prá contar as novidades que eu já canso de saber, eu sei também tem gente me enganando Ah! Ah! Mas que bobagem já é tempo de crescer eu não abro mão... Nem por você, nem por ninguém eu me desfaço dos meus planos, quero saber bem mais que os meus 20 e poucos anos...

Celine Dion "because you love me"(TRADUÇAO)

Charlie Brown Jr- Tudo Mudar.

Quando eu vi você quase não acreditei, nem vi você mudar, nem vi você crescer, mas nunca te imaginei assim. Quando me aproximei mal sabia o que falar, nem vi você mudar, nem vi você crescer, mas nunca te imaginei assim... Como pode tudo mudar em um segundo, nem pensar, não vou voltar atrás, agora é assim que vai ser; difícil acreditar que depois de tanto tempo eu iria me ligar em você, não posso acreditar, quando me aproximei mal sabia o que falar, nem vi você mudar, nem vi você crescer, mas nunca te imaginei assim...
Estive pensando em me mudar, sem te deixar pra trás, resolvi pensar em nós, vou te levar daqui... 



“Poderíamos casar, teríamos um apartamento, tomaríamos café as cinco da tarde, discordaríamos quanto a cor das cortinas, não arrumaríamos a cama diariamente, a geladeira seria repleta de congelados e coca-cola, o armário de porcarias, adiaríamos o despertador umas trinta vezes, sentaríamos na sala de pijama e pantufas, sairíamos pra jantar em dia de chuva e chegaríamos encharcados, nos beijaríamos no meio de alguma frase, você pegaria no sono com a mão no meu cabelo e eu, escutando sua respiração. Eu riria sem motivo e você perguntaria porque, eu não responderia, saberíamos.”
— Caio Fernando Abreu


:)

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Cássia Eller & Nando Reis - Relicário

É uma índia com colar, a tarde linda que não quer se pôr dançam as ilhas sobre o mar, sua cartilha tem o A de que cor? O que está acontecendo? O mundo está ao contrário e ninguém reparou. O que está acontecendo? Eu estava em paz quando você chegou e são dois cílios em pleno ar atrás do filho vem o pai e o avô, como um gatilho sem disparar você invade mais um lugar, onde eu não vou. O que você está fazendo? Milhões de vasos sem nenhuma flor, o que você está fazendo? Um relicário imenso deste amor. Corre a lua porque longe vai? Sobe o dia tão vertical, o horizonte anuncia com o seu vitral, que eu trocaria a eternidade por esta noite. Por que está amanhecendo? Peço o contrario, ver o sol se por. Por que está amanhecendo? Se não vou beijar seus lábios quando você se for, quem nesse mundo faz o que há durar, pura semente dura: o futuro amor . Eu sou a chuva pra você secar, pelo zunido das suas asas você me falou, o que você está dizendo? Milhões de frases sem nenhuma cor, ôôôô... O que você está dizendo? Um relicário imenso deste amor... Desde que você chegou, o meu coração se abriu, hoje eu sinto mais calor e não sinto nem mais frio, e o que os olhos não vêm o coração pressente, mesmo na saudade, você não está ausente. E em cada beijo seu e em cada estrela do céu e em cada flor no campo e em cada letra no papel ...

Sei - Nando Reis



Sabe, quando a gente tem vontade de encontrar a novidade de uma pessoa, quando o tempo passa rápido, quando você está ao lado dessa pessoa, quando dá vontade de ficar nos braços dela e nunca mais sair… Sabe, quando a felicidade invade, quando pensa na imagem da pessoa, quando lembra que seus lábios encontraram outros lábios de uma pessoa e o beijo esperado ainda está molhado e guardado ali... Em sua boca, que se abre e sorri feliz, quando fala o nome daquela pessoa, quando quer beijar de novo e muito os lábios desejados da sua pessoa, quando quer que acabe logo a viagem, que levou ela pra longe daqui… Sabe, quando passa a nuvem brasa abre o corpo, sopro do ar que traz essa pessoa, quando quer ali deitar, se alimentar e entregar seu corpo pra pessoa, quando pensa porque não disse a verdade é que eu queria que ela estivesse aqui… Sei... Eu sei.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Nando Reis e Ana Canas - Pra Voce Guardei O Amor (Clipe Oficial)



Pra você guardei o amor que nunca soube dar, o amor que tive e vi sem me deixar, sentir sem conseguir provar, sem entregar e repartir. Pra você guardei o amor que sempre quis mostrar, o amor que vive em mim vem visitar, sorrir, vem colorir solar, vem esquentar e permitir. Quem acolher o que ele tem e traz, quem entender o que ele diz no giz do gesto o jeito pronto do piscar dos cílios, que o convite do silêncio exibe em cada olhar. Guardei, sem ter porque, nem por razão ou coisa outra qualquer, além de não saber como fazer pra ter um jeito meu de me mostrar, achei, vendo em você e explicação nenhuma isso requer, se o coração bater forte e arder no fogo o gelo vai queimar. Pra você guardei o amor que aprendi vendo os meus pais, o amor que tive e recebi e hoje posso dar livre e feliz, céu cheiro e ar na cor que o arco-íris risca ao levitar, vou nascer de novo, lápis, edifício, tevere, ponte, desenhar no seu quadril, meus lábios beijam signos feito sinos trilho a infância, terço o berço do seu lar. Guardei, sem ter porque, nem por razão ou coisa outra qualquer, além de não saber como fazer pra ter um jeito meu de me mostrar, achei, vendo em você e explicação nenhuma isso requer, se o coração bater forte e arder no fogo o gelo vai queimar. Pra você guardei o amor que nunca soube dar, o amor que tive e vi sem me deixar, sentir sem conseguir provar, sem entregar e repartir. Quem acolher o que ele tem e traz, quem entender o que ele diz no giz do gesto o jeito pronto do piscar dos cílios, que o convite do silêncio exibe em cada olhar. Guardei, sem ter porque, nem por razão ou coisa outra qualquer, além de não saber como fazer pra ter um jeito meu de me mostrar, achei vendo em você e explicação nenhuma isso requer, se o coração bater forte e arder no fogo o gelo vai queimar.


Once Upon a Time

Namorado: ter ou não ter, é uma questão (Carlos Drummond de Andrade)


Quem não tem namorado é alguém que tirou férias não remuneradas de si mesmo. Namorado é a mais difícil das conquistas. Difícil porque namorado de verdade é muito raro. Necessita de adivinhação, de pele, de saliva, lágrima, nuvem, quindim, brisa ou filosofia. Paquera, gabiru, flerte, caso, transa, envolvimento, até paixão é fácil. Mas namorado, mesmo, é muito difícil. Namorado não precisa ser o mais bonito, mas aquele a quem se quer proteger e quando se chega ao lado dele a gente treme, sua frio e quase desmaia pedindo proteção. A proteção dele não precisa ser parruda, decidida, ou bandoleira: basta um olhar de compreensão ou mesmo de aflição. Quem não tem namorado não é quem não tem um amor: é quem não sabe o gosto de namorar. Se você tem três pretendentes, dois paqueras, um envolvimento e dois amantes, mesmo assim pode não ter namorado. Não tem namorado quem não sabe o gosto da chuva, cinema sessão das duas, medo do pai, sanduíche de padaria ou drible no trabalho. Não tem namorado quem transa sem carinho, quem se acaricia sem vontade de virar sorvete ou lagartixa e quem ama sem alegria. Não tem namorado quem faz pactos de amor apenas com a infelicidade. Namorar é fazer pactos com a felicidade ainda que rápida, escondida, fugidia ou impossível de durar. Não tem namorado quem não sabe o valor de mãos dadas; de carinho escondido na hora que passa o filme; de flor catada no muro e entregue de repente; de poesia de Fernando Pessoa, Vinícius de Moraes ou Chico Buarque lida bem devagar; de gargalhada quando fala junto ou descobre a meia rasgada; de ânsia de viajar junto para a Escócia ou mesmo de metrô, bonde, nuvem, cavalo alado, tapete mágico ou foguete interplanetário. Não tem namorado quem não gosta de dormir agarrado, fazer sesta abraçado, fazer compra junto. Não tem namorado quem não gosta de falar
do próprio amor, nem de ficar horas e horas olhando o mistério do outro dentro dos olhos dele, abobalhados de alegria pela lucidez do amor. Não tem namorado quem não redescobre a criança própria e a do amado e sai com ela para parques, fliperamas, beira d'água, show do Milton Nascimento, bosques enluarados, ruas de sonhos ou musical na Metro. Não tem namorado quem não tem música secreta com ele, quem não dedica livros, quem não recorta artigos, quem não chateia com o fato de o seu bem ser paquerado. Não tem namorado quem ama sem gostar; quem gosta sem curtir; quem curte sem aprofundar. Não tem namorado quem nunca sentiu o gosto de ser lembrado de repente no fim de semana, na madrugada ou meio-dia de sol em plena praia cheia de rivais. Não tem namorado quem ama sem se dedicar; quem namora sem brincar; quem vive cheio de obrigações; quem faz sexo sem esperar o outro ir junto com ele. Não tem namorado quem confunde solidão com ficar sozinho. Não tem namorado quem não fala sozinho, não ri de si mesmo e quem tem medo de ser afetivo. Se você não tem namorado porque não descobriu que o amor é alegre e você vive pesando duzentos quilos de grilos e medos, ponha a saia mais leve, aquela de chita e passeie de mãos dadas com o ar. Enfeite-se com margaridas e ternuras e escove a alma com leves fricções de esperança. De alma escovada e coração estouvado, saia do quintal de si mesmo e descubra o próprio jardim. Acorde com gosto de caqui e sorria lírios para quem passe debaixo de sua janela. Ponha intenções de quermesse em seus olhos e beba licor de contos de fada. Ande como se o chão estivesse repleto de sons de flauta e do céu descesse uma névoa de borboletas, cada qual trazendo uma pérola falante a dizer frases sutis e palavras de galanteria. Se você não tem namorado é porque ainda não enlouqueceu aquele pouquinho necessário a fazer a vida parar e de repente parecer que faz sentido.
Enlou-cresça.


"Amar se aprende amando".
(Carlos Drummond de Andrade)

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

O Mundo é Um Moinho - Cartola

Ainda é cedo, amor. Mal começaste a conhecer a vida, já anuncias a hora de partida, sem saber mesmo o rumo que irás tomar. Preste atenção, querida, embora eu saiba que estás resolvida, em cada esquina cai um pouco a tua vida, em pouco tempo não serás mais o que és. Ouça-me bem, amor, preste atenção, o mundo é um moinho, vai triturar teus sonhos, tão mesquinho, vai reduzir as ilusões a pó. Preste atenção, querida, de cada amor tu herdarás só o cinismo, quando notares estás à beira do abismo, abismo que cavaste com os teus pés.

sábado, 12 de janeiro de 2013

Michael Bublé - Home (Traduzido Português Brasileiro)

Gastronomia!

Eu preciso aprender a voar

Preciso aprender a voar, quando tudo estiver pesado demais aqui sob os meus pés.

Sei que pretendia dizer uma coisa muito especial a você, alguma coisa que faria você largar tudo e vir correndo me ver ou telefonar, hoje eu diria qualquer coisa se você telefonasse. Por dentro também eu estava preparada para dizer  tudo aquilo que escondo desde o começo, um pouco por timidez, por vergonha, por falta de oportunidade, mas principalmente porque todos me dizem que sou demais precipitada e que isso assusta as pessoas. Queria dizer que vi em você um pássarinho, desses bonitinhos que vez ou outra - dando muita sorte , se encontra por ai e acabamos desejando ter pra si, mas quando chegamos perto, ou quando fazemos qualquer movimento ele voa e vai embora, e você é exatamente assim... quando aparece eu preciso me cuidar para não assustar você e quando você me pergunta como estou, cuido dos meus olhos para não me traírem e não te assustarem e não ficarem querendo entrar demais  dentro dos teus olhos, então eu cuido devagar de tudo o que digo e todo movimento que faço, porque eu quero que você venha outras vezes  um pouco porque eu não aguento mais ficar esperando toda hora você telefonar ou aparecer, se eu mostrar como sou, você vai ficar apavorado e nunca mais vai aparecer nem telefonar e eu preciso muito, muito de você eu quero muito, muito você aqui de vez em quando nem que seja muito de vez em quando você nem precisa  perguntar se estou melhor, você não precisa trazer nada só você mesmo , você nem precisa dizer alguma coisa no telefone basta ligar e eu fico ouvindo o seu silêncio do outro lado da linha ou do outro lado da porta ou do outro lado do muro.  Vou terminar por aqui, só queria pedir uma coisa, acho que não é difícil, é só isso, uma coisa bem simples: quando você voltar outra vez veja se você me traz uma maçã bem verde, a mais verde que você encontrar, uma maçã que leve tanto tempo para apodrecer que quando você voltar outra vez ela ainda nem tenha amadurecido direito.

Baseado em um conto de Caio Fernando Abreu