Procure o seu conforto

Olá Doçuras!

terça-feira, 24 de setembro de 2013



"As relações humanas nunca funcionavam mesmo. Só as primeiras duas semanas é que tinham alguns tchans; a partir daí, os parceiros perdiam o interesse. Caiam as máscaras e as verdadeiras pessoas começavam a aflorar: maníacas, imbecis, dementes, vingativas, sádicas, assassinas. A sociedade moderna tinha criado seres a sua imagem e semelhança e eles se festejavam mutuamente num duelo com a morte, dentro de uma cloaca. Eu já tinha notado que a duração máxima de uma história entre duas pessoas era de dois anos e meio..."

Charles Bukowski


“Você não pode mudar o passado, mas pode ressignificá-lo. O que chamamos de cura é um estado de compreensão. Você compreende porque as coisas aconteceram da forma que aconteceram. Quando você é iluminado pela sagrada compreensão, o seu coração transborda de perdão e gratidão, então você se liberta daquela pendência. É isso que chamamos de cura.”

Sri Prem Baba

Foto: Da série "Meu primeiro amor"
Ninguém esquece ♥
"A medida que vivemos, caímos e somos destroçados por várias armadilhas. Ninguém escapa delas. Alguns até mesmo convivem com ela. A ideia é se dar conta de que uma armadilha é uma armadilha. Se você está numa e não se dá conta, você está fodido."

Charles Bukowski

“Acho que quando alguém lhe conta uma coisa que costumava guardar, você se sente privilegiado, não por saber algo que ninguém mais sabe, mas por se sentir escolhido. Dá a impressão de que aquela pessoa quer que a vida dela se entrelace com a sua.”

A Garota Que Eu Quero

Eu nem te amo

É estranho como sinto saudades quando você vai buscar água. Aqueles segundos que separam o resto das suas canelas se perdendo no corredor com o pulo que você dá na cama.
Aí você volta cheio de pressa em se livrar de mim e eu penso que tudo bem. Você tem pressa até de se livrar de você mesmo. O problema não deve ser eu. E eu nem te amo mesmo. Só fui te visitar porque tenho preguiça de transar com qualquer um e se fico mais de 3 semanas sem sexo começo a arrumar confusão no trânsito.
Sua voz é chata e seu papo então, insuportável. Respiro aliviada e sugo o máximo de você, pra ter a certeza absoluta de que não é você. Não sonhei com você. Não quero passar minha vida ao lado da pessoa mais estranha do mundo. Imagina só ficar grávida de um homem que tem pavor de mulher com enjôo? Imagina só ficar velha ao lado de um homem que tem pavor da vida óbvia, cotidiana e imperfeita? Eu viveria infeliz.
Não é você. E lá vem você me perguntar porque é que estão todos casando, e falar pela trigésima vez que você vai acabar sozinho e não deve nada a ninguém. E lá vem você me olhar apaixonado e, no segundo seguinte, frio. E me falar para eu não sofrer e para eu ir embora e para eu não esperar nada e para eu não desistir de você. E eu me digo que não é você. Porque, se fosse, meu sono seria paz e não vontade de morrer.
Me despeço, já sem aquela dor aterrorizante, das partes de você que mais amo. Ainda que eu nem te ame mesmo. E me despeço das partes da sua casa que eu mais amo. Ainda que nada disso seja amor. E entro no carro já sem chorar. Os últimos três anos chorando por você serviram ao menos para me secar por dentro.
Preciso me aliviar. Mas dou até risada porque acabaram os caminhos. O mundo não suporta mais esse meu não amor por você. Meus amigos espalmam a mão na minha cara e já vão logo adiantando que se eu pronunciar seu nome, eles vão embora sem nem olhar para trás. Remédios só me deixam com um bocejo químico e a boca do estômago triste, mas não tiram você do meu coração. E escrever, que sempre foi a única coisa que adiantava para os dias passarem menos absurdos, já se tornou algo ridículo. Escrever sobre você de novo? De novo? Tenho até vergonha. Nem eu suporto mais gostar de você. E olha que nem gosto.
É como se o mundo inteiro, os ventos, as ondas do mar, os terremotos, as criancinhas peladinhas brincando de construir castelinhos na areia , os carros correndo nas estradas, os cachorrinhos meditando nas gramas de todos os parques do mundo, a chuva, os cartazes de filmes, o passarinho que canta todo dia de manhã na minha janela, a torta de palmito na geladeira, a minha vizinha louca que briga com o gato na falta de um marido, um cara qualquer com quem eu dormi (e todos eles parecem qualquer quando não são você). É como se o mundo inteiro me dissesse: “hei Tati, ninguém agüenta mais esse assunto! Chega!”
E no meio da noite, quando eu decido que estou ótima afinal de contas tenho uma vida incrível e nem amava mesmo você, eu me lembro de umas coisas de mil anos e começo a amar você de um jeito que, infelizmente, não se parece em nada com pouco amor e não se parece em nada com algo prestes a acabar.
Lembro de você me dando mostarda de café da manhã na primeira vez que dormi na sua casa, de você com os olhos disfarçando uma lágrima porque a minha cachorra buscou a bolinha e era só uma desculpa para eu fechar a porta antes dela voltar. Lembro de você querendo fugir de um museu na Itália porque tantos dias longe de casa te deram uma espécie de bobeira e você achava que estava sufocando. Lembro da sua jaqueta com um sol nas costas e do seu cabelo espetado igual ao sol, do cheiro que você tem bem no centro da nuca, do gosto amargo de menino que tem pressa de tomar banho que você tem bem no fundo da orelha. Lembro de você olhando a bunda da minha amiga e logo depois me dando um abraço forte e dizendo “cadê mesmo aquela revista que tem um texto lindo seu?”. E lembro da primeira vez que eu te vi e te achei meio feio, vesgo, estranho. Até que você me suspendeu no ar por razão nenhuma eu tive certeza que meu filho nasceria um pouco feio, vesgo e estranho.
E então, no meio da noite, enquanto eu penso tudo isso, eu pergunto ao mundo todo que não aguenta mais esse assunto. Ao mar, às criancinhas peladas, aos cartazes de filmes, ao passarinho, à vizinha, aos cachorrinhos em meditação, à torta, aos carros, à qualquer um...eu pergunto: por que é que vocês todos estão tão cinza? Por que é que vocês não me ajudam? Por que é que todos vocês também ficam tão tristes quando ele vai embora? Por que é que todos vocês também morrem quando ele vai embora? Por que é que todos vocês também amam ele?

Tati Bernardi

sábado, 21 de setembro de 2013

“Mas, meu bem, o que não falta no mundo é gente desagradável. Em qualquer esquina você topa com alguém tentando massacrar seus sonhos, rindo dos seus planos, e jogando areia no seu poço de felicidade. Gente visceral, sempre séria e profunda, que quer tornar a vida um caos maior que já é. Não é raro se ver gente com fome de amor, mas saciado de orgulho e soberba. Sempre vai ter alguém pra dizer que você não se encaixa, ou não é legal o suficiente, e por momentos você pode ouvir isso e querer desaparecer, mas guarda no seu coração: só existe um de você, levante a cabeça, tire a poeira dos ombros. É mais fácil se esconder, mas você precisa se permitir, deixe-se fluir, sinta a luz. Seja você, um ser extraordinário.”
— A menina e o violão.


“Sou apaixonada por pessoas que tem alma de criança. Aquelas que não reclamam da chuva, mas tomam banho nela. Que quando vão à praia, não se importam de encher o cabelo de areia, se lambuzar de picolé e entrarem na água fria. Que preferem assistir desenhos animados a ver filmes que quase tudo é maliciado. Que quando tudo está indo de mal a pior usam o poder de um sorriso sincero e uma fé inabalável. Aquelas que não conseguem se conter quando veem uma mesa repleta de doces. São pessoas como essas, com um brilho diferenciado no olhar, que colorem nossos dias com seus encantos. Ah, como eu sinto falta de pessoas assim!”
— Amanda Terres


sexta-feira, 20 de setembro de 2013

''Nem todas as histórias precisam ter virgens pálidas chorando às margens de um mar de espumas. Nem tudo precisa ser romance tuberculoso. Alegria, alegria. (...) A felicidade, assim como a bebedeira, vai e vem. A felicidade, assim como o sexo, entra e sai. A felicidade, assim como ele, era impossível. Mas não é pra tentar ser feliz que a gente vive?''
Tati B.

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

"Eu amo o chão que ela pisa, e o ar que ela respira,
e tudo aquilo que ela toca, e todas as palavras que saem
de seus lábios - amo a figura dela, e os atos dela, e amo-a
por inteiro, e de maneira absoluta."

(O Morro dos Ventos Uivantes)

"Que o meu alguém tenha mil defeitos, seja o oposto de todas as minhas idealizações, mas que me ame com o coração e a alma, me respeite, cuide de mim, me proteja. Sem sufocações, sem pressões, um amor leve e sem cobranças. Que a gente não criasse vínculos de dependência, mas que o nosso vício fosse nós. E que seja eterno e leve enquanto dure."

Tati Bernardi

 Foto: Love.

terça-feira, 10 de setembro de 2013



Quando eu era o seu homem - Bruno Mars (tradução)

A mesma cama, mas parece um pouco maior agora
Nossa canção no rádio, mas ela não soa como antes
Quando nossos amigos falam sobre você
Tudo o que isso faz é me arruinar
Porque meu coração se parte um pouco
Quando ouço o seu nome
E tudo soa como uh, uh, uh, uh, uh

Jovem demais, tolo demais para perceber
Que eu deveria ter lhe comprado flores e segurado sua mão
Deveria ter te dado as minhas horas quando tive a chance
Ter levado você a todas as festas
Porque tudo o que queria era dançar
Agora minha garota está dançando, mas está dançando
Com outro homem

Meu orgulho, meu ego
Minhas necessidades e meu jeito egoísta
Fizeram uma mulher boa e forte como você
Sair da minha vida
Agora nunca, nunca conseguirei limpar
A bagunça em que me meti
E me assombra sempre que fecho meus olhos
Tudo isso soa como uh, uh, uh, uh, uh

Jovem demais, tolo demais para perceber
Que eu deveria ter lhe comprado flores e segurado sua mão
Deveria ter te dado as minhas horas quando tive a chance
Ter levado você a todas as festas
Porque tudo o que queria era dançar
Agora minha garota está dançando, mas está dançando
Com outro homem

Apesar de doer
Serei o primeiro a dizer que eu estava errado
Oh, sei que provavelmente estou muito atrasado
Para tentar me desculpar pelos meus erros
Mas eu só quero que você saiba
Espero que ele lhe compre flores, que ele segure sua mão
Que lhe dê todas as suas horas quando tiver a chance
Que leve você a todas as festas porque eu me lembro
De quanto você amava dançar
Que faça todas as coisas que eu deveria ter feito
Quando eu era o seu homem

Que faça todas as coisas que eu deveria ter feito
Quando eu era o seu homem

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Conjunção de Lua e Vênus

Era num domingo, oito de setembro, a lua encontrou-se com vênus no céu, era comecinho da noite, crepúsculo, eu pedi pra você olhar pro céu, você não ouviu e eu não te culpo, você tava ocupado cuidando de mim. Disseram que o planeta desapareceu durante uma hora para depois ressurgir, é um fenômeno raro de acontecer. Sabe, acho incrível nossos caminhos terem se cruzado tão profundamente, justamente no encontro do planeta do amor com a lua dos namorados. Foi uma coisa mistica, o universo todo conspirou para unir os que de alguma forma são iguais, talvez por isso te disse todas aquelas coisas tão bobas e tão difíceis de entender, você só ficava me olhando e piscando lentamente daquele jeito que você sempre faz e que eu costumo imitar me dizendo o quanto a minha cabeça era confusa, talvez o fato de  você não ter olhado pro céu te fez ficar imune ao magnetismo desse encontro, não, não foi isso, você nem se importa com esses misticismos ou com qualquer coisa que soe sentimentalista demais, você me acha boba quando quero te abraçar e você quer ver de quanto ta o jogo do flamengo e eu te acho um grosso quando você demonstra seu carinho chutando a minha perna, odeio me preocupar com você saindo das suas farrinhas madrugada a fora, ou quando você diz que vai passar por aqui pra dizer um 'oi' e nunca aparece. Você não é nada do que eu quero pra mim, mas mesmo assim tem coisas em você que me fazem querer ficar mais perto. Você é um bom homem e um bom amigo, eu sei que você não vai permanecer na minha vida assim como vênus não ficou escondido para sempre atras da lua, o destino os juntou por alguns momentos mas em uma hora as coisas tem que voltar para o lugar onde devem estar realmente, o que eu quero é que isso fiquei guardado, porque teve algo especial nessa historia breve da gente, começando por um encontro no céu, lua e vênus lembrando-nos que o amor tem que existir acima de qualquer coisa, e aqui estou eu sendo sentimentalista de novo, você provavelmente odiaria esse texto sobre você.

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Descobri uma nova paixão, o teatro, na realidade eu já gostava de arte, dança, teatro, música... Tenho sol em  touro e se você se liga em signos sabe que pessoas nativas de touro são seres extremamente artísticos, porém meu ascendente é câncer, sou tímida, e pra completar tenho lua em capricórnio, ou seja, eu gosto muito de ser o centro das atenções mais tenho vergonha de saber que todo mundo está olhando pra mim, isso dá problema com relacionamento também, amo demais, não sei demonstrar direito e acabo sempre levando a fama de insensível e todos aqueles outros mi mi mis chatos, queria um pouco mais de água nesse meu mapa astral. Mas isso é assunto pra outro dia, o que eu queria dizer era que mesmo com todos esses empecilhos astrológicos entrei no teatro e é isso que anda me salvando desse fim de ano de cachorro louco, confesso que sem essas tenras alegrias em algum momento eu iria enlouquecer. Recomendo, façam teatro, dança, cantem mesmo que seja em um karaokê num barzinho qualquer, a vida fica tão mais linda, faz bem pra alma e pro corpo, sem cobranças de faculdade e seus diplomas, monografias, notas, provas, você nem precisa seguir a carreira artística, é só deixar fluir, eu continuo tímida como uma perfeita canceriana torta que sou, mas brinco que depois dessas aulas de teatro vou pra broadway, ando me descobrindo muito nesses últimos anos, to querendo comprar um karaokê e vou fazer Ballet, só não sei quando e nem onde ainda. To querendo somente coisas leves na minha vida, e quando a gente fica leve a vida não pesa.

domingo, 1 de setembro de 2013

Uma historia sobre fios de cabelo caídos.

Aconteceu em um dia em que eu estava estudando na biblioteca da faculdade, me veio o pensamento mais loucamente poético sobre a minha vida, tenho a velha mania distraída de pegar no cabelo,  fui passando a mão por entre os fios que iam caindo como sempre, foi então que eu percebi, eu me desmancho, por onde eu passo vou deixando um pouco de mim, do que eu sou, um pouco da minha historia, por causa desse meu cabelo que insiste em cair tanto.  Talvez cabelo seja feito por isso, pra ficar nos lugares que você quer ficar  mas não pode, talvez a razão do meu cabelo sempre cair tanto seja essa, já que eu não posso ficar inteira, todo cantinho tem um pedacinho meu.  Pensei, se algum dia no futuro (se for possível) alguém achar os fios do meu cabelo que caíram na biblioteca, vão saber que eu passei por ali,  mesmo que eu ja esteja longe sempre vou estar por perto, porque esse pedaço de mim vai viver, vai ser difícil apagar do mundo a existência de alguém que deixa um pedaço seu em todo lugar. Talvez a morte não exista ou talvez essa seja uma maneira de morrer diariamente em cada pedaço de mim que se desprende do meu corpo, mas eu prefiro pensar na versão bonita, um fio de cabelo perdido não morre, ele vai embora para dar lugar aos outros que virão, até chegar o dia em que não virão mais outros e os que caíram pensando ser o fim, na verdade serão os que vão estar em algum lugar contando a minha historia.